“Fez ele o que era reto perante o Senhor; não, porém, com inteireza de coração.” II Crônicas 25.2
Vivemos um tempo de fragmentações: pessoas fragmentadas, famílias fragmentadas, fé fragmentada. Um das marcas inconfundíveis desse tempo é a presença do humano de coração sempre dividido; como que vivendo na corda-bamba, se equilibrando entre o público e o privado, sempre assumindo papeis distintos em cada uma dessas áreas. A impressão que fica é que duas personalidades completamente antagônicas, distintas habitam o mesmo ser. No público, ou seja, no trabalho, na faculdade, na igreja, na sociedade de forma geral, apresenta-se e firma-se um tipo de sujeito, sendo que este não é reconhecido como tal na vida privada, ou seja, na família; trata-se de outra pessoa completamente diferente. Na vida pública é educado, amigo, paciente, cortês, honesto, respeitador, atencioso, liberal; mas na vida privada, na família, é desleal, grosseiro, ofensivo, evasivo nas palavras, intolerante, desatento, egoísta etc. É comum percebermos certa frustração estampada no rosto de pais, cônjuges, filhos que não conseguem assimilar tamanha falta de integridade. Alguns engolem com muita dor e indignação elogios destinados aos seus entes queridos, pois tais elogios não correspondem à verdade e não é compatível com a experiência na privacidade do lar.
O pior dessa história, é que esta condição se estende à relação com Deus, com a Igreja. Corações divididos, almas divididas! Enquanto tenta se afirmar como adorador, servo leal, discípulo de Jesus, enquanto se expressa “culto” a Deus nas grandes celebrações, mas simultaneamente e paralelamente, prostitui a fé, o caráter, os valores cristãos; negociando as verdades mais nobres do evangelho, vivendo dissolutamente, levianamente quando se está fora dos arraiais da fé, do templo, nas mais diversas relações sociais.
Esse tempo clama por integridade daqueles que dizem amar a Deus. E sinceramente, para resgatar a integridade perdida, será preciso mais que boa vontade, uma verdadeira revolução de caráter, uma reinvenção de nós mesmos, uma reaprendizagem de quem somos de fato e de quem queremos ser diante de Deus e das pessoas que amamos. Precisamos de um milagre!
Amazias é “representante” de muitos homens e mulheres, que nesses dias vivem norteados por um coração dividido e que desconsideram a integridade.
É certo que ocupamos papeis sociais diferentes e nos comportamos mediante esses papeis. O pai, o marido, o empregado, o patrão, o aluno, o cristão etc, são papéis diferentes e que exigem de nós posturas diferentes, no entanto, nosso caráter precisa ser o mesmo independente do lugar que ocupamos.
A Bíblia Sagrada afirma: “Aborreço a duplicidade, porém amo a tua lei.” Salmos 119.113. O salmista é categórico em dizer que não suporta conviver com pessoas falsas, que governam suas vidas num complexo esquema de “faz-de-conta”. É preciso romper que esse modo doentio de viver e buscar em Deus Integridade.
Não se permita viver dividido, fragmentado, pois o melhor de Deus habita na integridade, na inteireza de coração. Ser íntegro é não usar máscaras, mas ao contrário, é ser a mesma pessoa no coração, na mente e nas ações. Integridade é ser inteiro, não-dividido.
Se você se percebe fracassando nessa área, busque a Deus, clame, chore, ore, mas não abra mão ser inteiro. Trabalhe essa sua fraqueza, persista e não se renda até que ao final a integridade deixe de ser um alvo e torne-se um estilo de vida.
“Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com ele”. II Crônicas 16.9
Quer um desafio diário? Tente a integridade. Kléber Novartes
Tenho acompanhado os posts! Muito interessantes, edificantes e enriquecedoras mensagens! Que Deus nos ajude a melhorar para Ele a cada dia. Deus o abençoe, pastor! Continue escrevendo, pois tem sido bênção!
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