sábado, 31 de dezembro de 2011

Põe em ordem suas finanças

E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.” Lucas 12:15

     É assombroso como nossa geração se afirma a partir das coisas. Houve um tempo que as coisas só nos fascinavam, mas este é um tempo que as coisas nos definem e até mesmo nos dominam. Somos marcados por um materialismo exacerbado e imperialista, que arrebata o nosso olhar e nosso coração. A palavra de ordem é ter e ter e ter e sempre ter mais, pois o que temos nos define. Onde moramos, que tipo de casa habitamos, que marca de roupa vestimos, que tipo de restaurantes frequentamos, que modelo e ano de carro possuímos, que cidades e países conhecemos, que títulos acadêmicos acumulamos etc, dizem muito sobre nós, nessa cultura coisificada, nessa cultura de supervalorização das coisas. Mas quanto custa ter e manter esse status quo, ou este estado atual das coisas? Certamente não custa pouco. Custa mais que tempo, mais que esforço, mais que trabalho; custa dinheiro. A manutenção de nossas cobiças, do desejo de nossos olhos não é barato e é por isso que a Palavra de Deus nos chama a atenção para a cautela diante da cobiça. A cobiça é um bicho “come, come” insaciável, que jamais se dará por satisfeito, que sempre quer mais um pouco. Quem se sujeita aos caprichos da cobiça morre enforcado em dívidas e vergonha. “Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça...” Lucas 12.15a. Mas, ao que parece, é um contrassenso cultural frear os desejos de nossos olhos, que buscam ter mais um vestido, mais um carro, mais um notebook, mais um celular, mais um par de sapatos, a câmera de última geração, a viagem dos sonhos, a camisa da moda, as pílulas que prometem milagres na balança etc. Mas volto a afirmar que o preço é alto para quem se sujeita aos caprichos da cobiça. A globo.com divulgou em 18/08/2011 que no Brasil, 64% estão endividados e 32% assumem que não tem como pagar a dívida. Temos dicas de sobra para uma boa economia doméstica, disponíveis em sites, livros, jornais; mas, sinceramente nenhuma dica vai conter a cobiça, pois trata-se de uma mazela que nos habita, um pecado resultante da queda do homem, uma herança adâmica. Não se contem pecado com dicas de economia, mas, sobretudo com poder e graça de Deus. O romancista russo Fiodor Dostoievski disse: “Há um vazio no coração do homem do tamanho de Deus”. O homem só se realiza completamente em Deus e qualquer outra tentativa tende ao fracasso. Nossos descontentamentos, nossas insatisfações nos levam à uma vida cativa da cobiça. Se somos uma geração que precisa de coisas para alcançar uma tal felicidade, somos, por consequência uma geração vazia de Deus.
     Por traz do grande endividamento financeiro reside uma divida espiritual, devemos a Deus nosso amor, nossa devoção, nossa fé, nossa obediência; pois como diz a Palavra “...a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.” Lucas 12.15b. Eu acrescento, que a vida do homem consiste na comunhão com o céu e na sujeição ao governo de Cristo, em que tomamos Deus como o bem maior; como afirmava Davi: "Tu és o meu Senhor; não tenho bem nenhum além de ti" Salmos 16:2
     As dívidas, os apertos financeiros, dizem dos nossos reais valores, dizem de nossa necessidade de nos afirmamos a partir das coisas, quando deveríamos nos afirmar a partir da fé em Cristo. Paulo declara: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” Galátas 2.20. A partir desta declaração fica fácil entender como Paulo se relacionava com as coisas, com a matéria, ao declarar: “E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo” Filipenses 3.8. O maior problema não é o quanto de coisas possuímos, mas o quanto somos possuídos por elas.
     Quer colocar em ordem suas finanças? Comece pela base, comece colocando em ordem suas prioridades, seus valores. Se não tratarmos da cobiça, não será mais uma dica orçamentária que nos salvará. “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6.33
      O dinheiro é uma benção, ter coisas, um privilégio, mas, nada substitui um coração cheio da presença de Deus. Redefina suas prioridades, restabeleça os reais valores da vida, busque a Deus, liberte-se da cobiça e não será difícil colocar suas finanças em ordem.

"A cobiça é insaciável; para o cobiçoso, tudo é pouco."
"Não é pobre o que tem pouco, mas o que muito cobiça"


Pr. Hilquias



 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Põe em ordem os seus afetos


Sobretudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Provérbios 4.23
 
     Vivemos numa sociedade subjugada pela tirania da vigilância, em que cada passo dado é observado pelas muitas câmeras espalhadas pelos bancos, comércios, escolas, hotéis, elevadores, ruas etc; uma sociedade nomeada por Gilles Deleuze, como sociedade de controle. Controlar foi incorporado ao modo contemporâneo de frequentar o mundo, e vivemos num verdadeiro confinamento social, em que nossos passos privados tornaram-se públicos. Mas, concomitantemente, existe um terreno pouco vigiado, pouco controlado; um terreno que corriqueiramente vive à merce do acaso, do destino, da sorte. Me refiro ao terreno das emoções, dos afetos. Nunca tivemos, na história da humanidade, um número tão grande de pessoas adoecidas afetivamente. Consequentemente, o que temos, é uma avalanche de crises conjugais, crises entre pais e filhos, desacordos entre patrões e empregados; contradições e contrariedades entre amigos de longas datas; enfim, uma tremenda dificuldade no campo dos relacionamentos. Os afetos nos afetam! De forma descuidada, passamos a cultivar sentimentos letais: ódio, ressentimento, amargura, inveja, vingança, mágoa, indiferença, frieza, desconfiança, insegurança etc. E o pior, convivemos com essa realidade como cegos, sem perceber a dimensão dos danos provocados em nossa existência, até que, num dado momento, adoecemos. Se fôssemos tão vigilantes quanto aos afetos, como nossa sociedade é em relação aos cidadãos, certamente seríamos muito mais felizes. Mas, ao contrário, o descuido quase generalizado é o que marca o universo afetivo.
      Salomão, em sua sabedoria, afirma que acima de qualquer coisa, precisamos aprender a guardar o nosso coração, que simbolicamente pode ser entendido como centro das emoções; pois do coração procedem as saídas da vida, ou as decisões da vida. E é incrível como os afetos são determinantes das escolhas que fazemos ao longo da vida. Por traz do carro que andamos, da roupa que vestimos, das pessoas com quem convivemos, dos livros que gostamos de ler, dos lugares que frequentamos, dos estilos musicais que preferimos, das cores e sabores que apreciamos, tem afetos, tem sentimentos. E até mesmo o mais racional dos mortais, mesmo negando esse realidade, também decide a vida a partir dos afetos, mesmo que, nesses casos extremos, o afeto seja indiferença ou ceticismo. Os afetos nos afetam! Daí o desafio de colocar nossos afetos em ordem. Feliz é o ser humano que no campo das emoções consegue, mesmo que minimamente, se compreender e sabiamente administrar seus sentimentos.
     Existem pessoas que no campo profissional são meticulosas, detalhistas, organizadas, controladas; mas no campo das emoções vive um verdadeiro tsuname e o resultado não poderia ser outro, senão um caos existencial. Tudo do lado de fora está aparentemente em ordem, mas no recôndito do coração impera a desordem.
     Se alguém te perguntasse: como está o seu coração? Que resposta você daria? Gostamos de afirmar quando indagados, que está tudo bem, pois soa melhor dizer assim. Mas, se mergulharmos na alma de muita gente, vamos encontrar uma verdadeira bagunça, no que tange aos afetos.
     Podemos e devemos esperar que 2012 seja um ano próspero, um ano de muitas realizações e conquistas, mas, o que será 2012, está diretamente ligado à maneira que vamos administrar nosso coração, nossos afetos. Põe em ordem o seu coração, põe em ordem seus afetos! Faça uma faxina bem feita, limpe, organize, selecione, escolha, descarte, mas não entre mais um ano com seu coração em desordem. Peça ajuda ao Senhor, se dobre diante dEle, grite por socorro, clame e ponha como valor norteador da vida, um coração leve e cheio de saúde afetiva.

"O coração tem razões que a razão desconhece." Blaise Pascal
"No coração do homem é que reside o princípio e o fim de tudo." Leon Tolstoi
 
Pr. Hilquias 

 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Põe tua casa em ordem

Naqueles dias Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; e veio a ele o profeta Isaías, filho de Amós, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás.” Isaías 38.1

      Somos tendenciosos à desordem, como resultado do pecado original. Por mais que lutemos para manter as coisas nos seus devidos lugares, o pecado que nos habita desorganiza nossa existência. Quando olhamos para o princípio de tudo, encontramos Deus dando ordens ao mundo caótico, sem forma e vazio e tornando-o num complexo e fantástico mundo organizado, em que tudo funciona em perfeita sincronia e equilíbrio. Mas também quando olhamos para o princípio, encontramos Eva e Adão sedendo aos apelos da serpente e mergulhando no mundo da desobediência. Que insanidade! O jardim que era sinônimo de intimidade com Deus, transforma-se em um lugar de fuga e vergonha. O que temos com isso? Temos novamente o império da desordem como valor presente na existência humana e não é preciso ir muito longe pra afirmar que o caos estava posto à mesa e era só se servir: Caim mata Abel, temos portanto, o primeiro crime na família. Enfim, a ordem é resultado do governo de Deus; a desordem, consequência do pecado. Em torno da presença de Deus tudo se organiza: nosso tempo, nossos afetos, nossos relacionamentos, nosso dinheiro, nossa fé. Mas se a vida é marcada pela fuga de Deus, não se pode esperar outra coisa, senão uma existência caótica.
      Ezequias recebe um decreto de morte e uma direção para colocar a casa em ordem, antes de sua partida. Se observamos os versículos seguintes, vamos perceber que Ezequias argumenta com Deus sobre esse decreto e se utiliza de seus “créditos espirituais” para suplicar a Deus mais um tempo de vida - “lembra-te agora, de que andei diante de ti em verdade, e com coração perfeito, e fiz o que era reto aos teus olhos.” (Isaías 38.3). A visão que Ezequias tinha de si mesmo apontava para uma vida em ordem; no entanto, o olhar de Deus, percebia desordem; daí a orientação: “põe em ordem a tua casa”. Ezequias era fiel, mas haviam áreas e aspectos da sua vida que precisavam ser colocadas em ordem. Isso significa que mesmo buscando a Deus e tendo com ele intimidade, é possível que existam aspectos da nossa vida que precisam ser consideradas e colocadas em ordem.
      Uma outra curiosidade no que toca ao assunto, é que, muito comumente refletimos sobre a vida quando, por alguma razão, tivemos nossa vida ameaçada; seja por conta de um acidente sofrido, a descoberta de uma doença grave, um assalto à mão armada etc. Sob essas circunstâncias pausamos, desaceleramos tudo e refletimos sobre o privilégio que é viver e sobre a necessidade de viver melhor; o que inevitavelmente nos levará a organizar a vida. Só temos uma chance para viver, portanto, é importante que se viva bem, que se viva direito. Põe tua casa em ordem!
     Estamos recebendo de Deus a dádiva de mais um ano. 2012 pode ser uma bênção, mas pode ser um caos e muito depende de nossa postura diante da vida. Põe a tua casa em ordem!
É importante destacar, que quando se fala de “casa”, não trata-se apenas do espaço que vivemos, mas toda a nossa existência, com suas complexidades. Trata-se da casa, mas também das finanças, do tempo, dos afetos, dos relacionamentos, da carreira profissional, da vida com Deus e muito mais.
     Pare um pouco, ore, busque a Deus, reflita e considere os aspectos de sua vida que precisam de ordem. Lembre-se que somente em torno de Deus a vida pode ser organizada. Então, convide o Senhor para te ajudar nesse tarefa tão desafiadora e transforme 2012 em um ano de grandes realizações. Põe a tua vida em ordem!

"Não faças da tua vida um rascunho, pois pode não haver tempo de passar a limpo." André Rossato


Pr. Hilquias
 



OBS: Ao longo dos próximos artigos, vou abordar os aspectos mais importantes e mais comuns da vida, que costumeiramente negligenciamos e consequentemente se transformam numa bagunça.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Um amor que nos constrange


“Porque o amor de Cristo nos constrange...” 2 Coríntios 5:14.

     Curiosamente a palavra constranger significa impedir os movimentos, tolher o meio de ação, embaraçar. Fico pensando na dimensão do amor de Deus por nós e tento imaginar se existiria alguma coisa que pudéssemos fazer, que servisse de pagamento por tamanho amor. Mas, o que ofertar a um Deus que tudo possui, que é Senhor de tudo? Nada, absolutamente nada do que ofertarmos lhe acrescentará alguma coisa, “porque a terra é do Senhor e toda a sua plenitude.” (1 Coríntios 10.26). O amor de Deus nos constrange, nos deixa embaraçados, nos impede de agir. Nenhuma ação humana pode ser compensatória em relação ao amor de Deus. O que nos resta? Resta-nos a gratidão, resta-nos a adoração. “Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” 1 Coríntios 6.20. Não podemos acrescentar nada ao Senhor, mas, podemos glorificá-lo com nosso corpo e espírito, como forma de gratidão, o que é, na verdade, a perfeita adoração que o Pai procura.
     André Comte-Sponville em sua obra “pequeno tratado das grandes virtudes”, apresenta a gratidão como um eco. À medida que nos tornarmos gratos, perpetuamos a dádiva, pois esta passará a ecoar por toda a existência e jamais se perderá. Ao contrário, a ingratidão produz o sepultamento de grandes memórias e nos impossibilita de expressarmos adoração marcada pela verdade e pela sensibilidade. Tudo o que precisamos é de gratidão! Somos parte de uma cultura que aprendeu a pagar por tudo e que se surpreende com a dádiva. Não é incomum desconfiarmos de preços baixos, de liquidações e de brindes. E e se alguém com quem não temos vínculo de afeto nos presenteia, logo indagamos: “o que fulano está querendo?”. É nessa perspectiva que erramos, pois tudo que vem de Deus é dádiva não merecida, é presente, é graça e não se paga por presentes. Presentes recebemos e agradecemos. Me agride estar diante de um Cristianismo orientado pelo capitalismo que decididamente se relaciona com o sagrado e mais especificamente com Cristo pela via do pagamento. Devemos e precisamos ofertar, dizimar, frequentar cultos, servir ao próximo, mas, jamais, como forma de pagamento, apenas como forma de gratidão. O amor de Cristo nos constrange, nos impede de agir - “Que darei eu ao SENHOR, por todos os benefícios que me tem feito?” (Salmos 116:12) Só se paga amor com amor, e uma forma tremenda de expressão do amor é a adoração em tom de gratidão. “Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.” (Deuteronômio 6.5) Não tente pagar pela graça, seja grato, ame, adore!

     “A gratidão é o único tesouro dos humildes.” William Shakespeare

     Pr. Hilquias

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O Perigo de Uma Única História

João 8. 3-11

    A vida em toda sua complexidade não pode ser contada de uma única forma. O que somos requer mais do que uma ótica para dar conta de explicar.  E como afirma a jornalista da Época, Eliane Brum:  “Contar uma única versão sobre nós mesmos pode significar abrir mão de viver.” Somos uma sobreposição de muitas histórias, e uma cena da vida, num dado momento, é mais que uma cena recortada, é a representação de uma bagagem ampla e diversa de toda uma existência.  A romancista nigeriana Chimamanda Adichie, uma contadora de histórias, adverte que se ouvirmos apenas uma história sobre outra pessoa, arriscamos um desentendimento crítico. Ou seja, qualquer opinião pode ser incompleta, incoerente ou até mesmo vazia, se tudo o que temos é uma ótica, uma única ótica.
    A história única empobrece e até aniquila a vida e impossibilita uma melhor compreensão do outro que está diante de nós. Lembro-me da história de uma mulher, sem nome, mas, marcada pelo estereótipo de “mulher adúltera”, registrada em João 8. 3-11. Que o adultério é um pecado, uma transgressão, todos sabemos, assim como os fariseus também sabiam. Mas,  a história narrada por eles, por mais que verídica, uma vez que a mesma foi pega em flagrante adultério (João 8.4), não dizia tudo sobre aquela mulher.  Ela era mais que uma mulher adúltera, e ninguém investigou isso. Que outras histórias essa mulher contaria sobre si, se tivesse a liberdade de fazê-lo? O interessante é que Jesus tinha outro olhar, e foge dessa única história contada pelos acusadores, e carregado de compaixão enxerga uma mulher, com seus medos, fracassos, angústias, sonhos frustrados, culpa e muito mais. O olhar de Jesus se recusava a capturar apenas a cena da transgressão, e indo mais além, enxerga o particular, o secreto do coração. Em momento algum o Senhor foi conivente com o seu pecado, mas perdoando-a, a fez entender que ela poderia ser mais que uma mulher adúltera, poderia ser uma mulher livre, abençoada, transformada pelo amor. Talvez, se muitos de nós estivéssemos no lugar de Jesus, continuaríamos contando a mesma história sobre esta mulher, pois é mais cômodo emitir um julgamento sem reflexão e rotular as pessoas, contando sobre elas alguma história fixa, do que mergulhar em suas vidas e tentar entendê-las a fundo e dizer sobre elas algo além do obvio, algo além da mesmice dos discursos já anunciados.
    Ser cauteloso antes de contar uma única história sobre alguém é evitar um julgamento precoce e superficial, e dar àqueles de quem falamos, o privilégio de contar outras histórias sobre si.

"Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça" 
 João 7.24

“Julgamento é sempre defeituoso, porque o que a gente julga é o passado.” Guimarães Rosa

Pr. Hilquias